a dicotomia artificial entre a vida e a leitura é activamente promovida por aqueles que se encontram no poder. Os regimes demóticos exigem que esqueçamos e, por consequência, classificam os livros como luxos supérfluos; os regimes totalitários exigem que não pensemos e, por consequência, banem, ameaçam e censuram; de maneira geral, tanto uns como os outros exigem que nos tornemos estúpidos e aceitemos a nossa degradação com humildade, e, por conseguinte, promovem o consumo de leituras fúteis. Em tais circunstâncias, os leitores têm de ser subversivos.
Uma História da Leitura - Alberto Manguel
Sem comentários:
Enviar um comentário