qualquer tradução bem sucedida é obrigatoriamente diferente do original, visto que parte do princípio de que o texto original é algo já digerido, despojado da sua frágil ambiguidade, interpretado. É na tradução que a inocência perdida após a primeira leitura se restaura sob outra forma, visto que o leitor é mais uma vez posto perante um novo texto e o seu mistério concomitante. É este o inescapável paradoxo da tradução e também a sua riqueza.
Uma História da Leitura - Alberto Manguel
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