sábado, 16 de janeiro de 2016

# 284



precisava muito de me aproximar mais de mim, de deixar cair tudo aquilo que me separa do centro. Acabo sempre por aludir ao centro sem ter a menor garantia de saber do que falo, cedo à armadilha fácil da geometria com que alegadamente se organiza a nossa vida de ocidentais: Eixo, centro, razão de ser, Omphalos, nomes da nostalgia indo-europeia.

Julio Cortázar - O Jogo do Mundo (Rayuela)

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