tantos mistérios na vida das pessoas, tanta coisa escondida, quem são vocês, quem sou eu
António Lobo Antunes- Diccionário da Linguagem das Flores
tantos mistérios na vida das pessoas, tanta coisa escondida, quem são vocês, quem sou eu
António Lobo Antunes- Diccionário da Linguagem das Flores
não conheço nada mais contraditório que a vida
António Lobo Antunes - Diccionário Da Linguagem das Flores
o lixo em que vivo comigo existe apenas por dentro e faço os possíveis para que os outros não vejam
António Lobo Antunes- Diccionário da Linguagem das Flores
estou numa caixa de cartão num fundo de armário, cheia de rendas de episódios defuntos e de maçanetas antigas, algumas com um parafuso meio solto ainda, o som dos meus passos não me acompanha, vai ficando para trás de mim com os seus sapatos de criança, o seu medo do escuro
António Lobo Antunes - Diccionário da Linguagem das Flores
é esquisito o tempo, qualquer espera uma eternidade ao passo que os anos um piscarzinho de lâmpada, nem um segundo e logo a gente quem é esta nos espelhos que não se parece comigo, a expressão surpreendida, o cabelo sem brilho, vou morrer e pronto
António Lobo Antunes - Diccionário da Linguagem das Flores
há alturas em que me sinto tão sozinho que invento tudo
António Lobo Antunes - Diccionário da Linguagem das Flores
A infância passa a vida a regressar quando não deve.
António Lobo Antunes - Diccionário da Linguagem das Flores
o problema da minha vida é que sempre confundi o que via e o que desejava ver...
Umberto Eco - Baudolino
o nosso corpo, agitado pela vida que se contorce dentro dele, consumindo-o, faz coisas estúpidas que não devia fazer.
Elena Ferrante - A Vida Mentirosa dos Adultos
por vezes os pensamentos emanam uma força latente, agarram imagens contra a tua vontade, projectam-tas diante dos olhos durante uma fracção de segundo.
Elena Ferrante - A Vida Mentirosa dos Adultos
As coisas más que não dizes a ninguém transformam-se em cães que te comem a cabeça de noite, enquanto dormes.
A Vida Mentirosa dos Adultos - Elena Ferrante
corria-lhe nas veias o vinho da narrativa e quisera o céu que fosse seu hábito contar primeiro a si mesmo as coisas do mundo para poder entendê-las e contá-las depois aos outros, vestidas com a música e a luz da literatura, porque intuía que, se a vida não era um sonho, era pelo menos pantomima onde o cruel absurdo do relato fluía entre bambolinas, e que não havia entre céu e terra vingança maior nem mais eficaz do que esculpir a beleza é o engenho a golpes de pá lavras para encontrar o sentido e o semsentido das coisas.
A Cidade de Vapor - Carlos Ruiz Zafón
A queda dos justos vem sempre da mão daqueles que mais lhes devem. Não atraiçoamos os que nos querem destruir e sim os que nos oferecem a mão, quanto não seja para não reconhecer a dívida de gratidão que temos para com eles.
A Cidade de Vapor - Carlos Ruiz Zafón
Depois de os conhecermos intimamente, os lugares passam a ser outros.
(...)
A intimidade é o paraíso - e o inferno. Apaixonamo-nos pelo que ainda não conhecemos. O amor é o que acontece à paixão depois que a intimidade se instala. Isto, com sorte.
Os Vivos e os Outros - José Eduardo Agualusa
Antes de chegarmos ao saber, é preciso percorrer o ser e o sentir.
Sentir & Saber - A Caminho da Consciência - António Damásio