(...) é muito arriscado metermo-nos na mente de alguém imaginariamente, depois às vezes custa a sair, suponho que é por isso que tão pouca gente o faz e quase todos o evitam e preferem dizer de si para si: "Não sou eu que estou ali, não me cabe a mim viver o que se passa com ele, e por que raio é que hei-de juntar-me aos seus padecimentos. Esta bebida amarga não é minha, cada qual que beba as suas."
Javier Marias - Os enamoramentos
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